As crianças autistas de Baraúna estão enfrentando um grave problema: a falta de medicamentos essenciais fornecidos pelo município. A situação ganhou repercussão após o presidente da Associação da Criança Autista de Baraúna (ACAB), João Paulo, gravar vídeos em frente à Central de Regulação denunciando o problema.
Entre os medicamentos que estão em falta estão a Rispiridona, o Neuleptil e o Depakene, fundamentais para o tratamento e bem-estar das crianças. Segundo relatos recebidos pelo Baraúna Hoje, as famílias que procuram a Regulação Municipal são informadas de que não há previsão para a reposição dos remédios.
João Paulo afirmou que o problema não é recente e que há medicamentos que estão em falta há três meses. Ele também lamentou não receber apoio dos vereadores do município para cobrar uma solução mais rápida. “Eu esperava o apoio dos vereadores para cobrar a gestão, mas não temos esse respaldo”, disse.
A insegurança causada pela falta dos medicamentos afeta diretamente as famílias. Uma mãe atípica relatou que sua filha teve grande melhora após iniciar o uso do Depakene, mas desde que o remédio sumiu das prateleiras, a preocupação só aumenta.
A reclamação também envolve a prioridade da gestão municipal. Desde que a prefeita Divanize Oliveira assumiu a administração, mais de R$ 600 milhões já entraram nos cofres públicos, e mesmo assim o problema persiste.
“O que me revolta mais é que, enquanto falta medicamento, a prefeitura realiza festas. Sou a favor, sim, que tenha eventos, porque movimenta o comércio. Mas é importante atender primeiro as necessidades básicas do povo”, desabafou João Paulo.
Enquanto isso, famílias seguem aguardando uma solução urgente para garantir a continuidade do tratamento das crianças autistas de Baraúna.

