FOCOMUNIDADES DEBATE PROBLEMAS DO LIXÃO E COLETA DE LIXO NAS COMUNIDADES RURAIS DE BARAÚNA

Baraúna Cotidiano

O Fórum Municipal de Políticas Públicas das Comunidades Rurais de Baraúna (FOCOMUNIDADES) realizou nesta quarta-feira (1º) a sua 10ª Assembleia Geral Ordinária, reunindo representantes de diversas comunidades do município. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e teve como principais temas a coleta de lixo na zona rural e os impactos das queimadas no lixão da cidade.

As pautas surgiram, sobretudo, a partir das demandas das comunidades vizinhas ao lixão, como Baixa do Angico, Sumidouro e Velame, que têm sofrido diretamente com as constantes queimadas no local.

Gustavo de Zé Agostinho, morador próximo ao lixão e trabalhador na fruticultura e na pecuária, relatou que muitas vezes não consegue desenvolver suas atividades devido à intensa fumaça.

Marcelo Câmara, coordenador geral do FOCOMUNIDADES, destacou que no Sumidouro a situação tem sido crítica, com moradores enfrentando problemas respiratórios. Outro participante relatou que sua esposa chegou a passar noites sem dormir por conta de dificuldades para respirar.

O engenheiro civil Lucas Saldanha participou da assembleia representando a Secretaria de Infraestrutura e explicou que o problema do lixão é complexo. Segundo ele, existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Prefeitura, o Ministério Público e o proprietário do terreno, Marcos Fábio.

PARTICIPANTES DA ASSEMBLEIA

Lucas destacou ainda que há um comércio ativo dentro do lixão, o que dificulta a solução definitiva. “As pessoas que estão lá tentam dificultar o trabalho da prefeitura, inclusive danificando as máquinas. Funcionários já chegaram a ser ameaçados de morte”, afirmou.

Outro ponto abordado pelo engenheiro foi a inviabilidade financeira da coleta de lixo na zona rural. De acordo com ele, o custo chegaria a R$ 2,10 por quilo de lixo coletado, o que inviabiliza o serviço no momento. Atualmente, apenas as comunidades de Velame, Juremal, Campestre e Vertentes contam com coleta regular.

  • Falta de Conscientização

As secretárias Camila Carvalho (Meio Ambiente) e Bel Costa (Saúde) também participaram do debate e alertaram para a necessidade de maior conscientização da própria população. Elas lembraram que a tentativa de implantação da coleta seletiva na Rua São Francisco fracassou porque os moradores não realizaram o descarte correto.

“A Rua São Francisco foi transformada, a gente leva qualidade de vida pras pessoas naquela rua com atividades físicas, e mesmo assim as pessoas aindas descartam restos de obra nos canteiros”. disse Bel Costa.

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